Crédito é uma ferramenta muito importante para todo mundo, independente da faixa de renda, classe social. O que diferencia são os motivos e montantes, mas no fim, todos acabam recorrendo ao crédito em algum momento. Por esse motivo, entender os impactos e nuances da demanda do crédito é fundamental.
“Para se ter conhecimento é preciso educação”
Em tudo na vida, para termos conhecimento precisamos ser educados naquele tema, e isso vem de diversas formas. Infelizmente, a educação financeira é negligenciada por quase todo mundo. Não está nas escolas, as vezes nem dentro de casa. Com isso, formamos legiões de “ignorantes” financeiros que acabam comprando produtos de crédito ruins e inadequados.
Nesse sentido, os mais humildes acabam tendo desvantagem, pois para eles sobram menos oportunidades, produtos mais caros e alguns milagreiros. Com isso a chance de se enrolarem e entrarem em uma espiral financeira negativa é enorme.
Muitas instituições financeiras (tanto startups quanto grandes bancos) já perceberam que podem lucrar com clientes mais instruídos e começaram a oferecer módulos de educação financeira. Fiz um apanhado de algumas desta ofertas, não é uma lista completa, apenas uma amostragem do que já está sendo praticado. Acredito que a divulgação pode ser um caminho para aumentar o uso e consequentemente a instrução.
· Banco do Brasil
· Banco Santander
· Banco Itaú
· Caixa Econômica Federal
· Nubank a estratégia é publicar no BLOG textos instrutivos sobre diversos aspectos da gestão financeira. A página principal do blog é https://blog.nubank.com.br/
· C6 Bank em um programa recente o banco, em parceria com a Nova Escola está treinando os professores do ensino básico e fundamental. Além disto agora no mês de maio inicia um projeto de aulas on line no intervalo do jornal das dez da GloboNews – Sua Vida Financeira com Prof. Liao na GloboNews.
O que mais pode ser feito?
As empresas de crédito, e esse movimento poderia ser puxado pelas fintechs, poderiam incluir em seu processo uma fase de entendimento do cliente sobre crédito. Poderia ser tanto uma fase dentro do processo de aquisição como algo gameficado que se transformasse em benefícios (desconto na parcela, aumento de limite). Incentivaria as pessoas a buscarem conhecimento, impactaria em melhor taxa de pagamento, redução da inadimplência e, aí sim, uma espiral positiva.
É fundamental que a gente comece a criar a mentalidade de uso responsável do crédito.
Com tantas opções no mercado, ainda ter gente usando cheque especial é quase inaceitável. Não adianta, e não é o melhor caminho, esperar que o governo crie leis para que as pessoas não usem determinados produtos ou que bancos reduzam taxa de juros.
O caminho é educar, conscientizar, como diz o ditado: ensinar a pescar.